sábado, 22 de maio de 2010

Crítica de cinema do Galvão

Bem amigos do cinema brasileiro, ontem eu capitulei a pressão desses deslumbrados das claquetes e fui assistir ao tal filme argentino que ganhou o Oscar. Veja bem, fui assistir em casa e com DVD comprado na Uruguaiana, que eu não vou dar meu dinheiro para esses diretores de la Boca. Já basta a grana que a Petrobrás dá para o Babenco.

Logo na primeira cena do filme uma irregularidade. Aquela estação de trem, uma multidão meio desfocada, trilha sonora incidental. Mas é a cópia piorada de Central de Brasil. Que pouca vergonha, eu não vejo um roubo tão claro desde a Copa de 78. Indignado pensei em atirar aquela fraude pela janela e voltar para minha gloriosa filmografia do Humberto Mauro. Mas engoli meu orgulho com alfajor e chimi churri e continuei assistindo aquele embuste.

O filme prosseguia com a história de um escritor e seu problema: não saber escrever. Cada coisa que o homem anotava em seu caderninho era uma combinação de metáforas terríveis. Creio que até meu colega Neto, da televisão concorrente, poderia mais em seus arroubos de inspiração. Angustiado com a falta de talento, o sujeito aposentado decide visitar seu antigo trabalho no funcionalismo público portenho e mexer no angu de um caso de assassinato e estupro, arquivado vinte anos atrás pela incompetente justiça do nosso querido povoado vizinho.

A partir daí vira um pouco de cada coisa. E cada coisa que vira a gente já fez melhor por aqui. “Filme de mulher assassinada pelada.” No nosso o culpado era um vampiro que preferia bundas às carótidas. “Filme de quero comer minha colega do escritório” Aí é até covardia, pra começar no deles não rola nem um reles peitinho da chefe gostosa e não tem nem secretária, quem vai apanhar o café é um office-boy. Coisas de argentino. “Filme de ditadura militar.” Vem cá, por acaso eles botaram o Pedro Cardoso pra seqüestrar o embaixador americano com a ajuda do Rui e da Vani?

E ao final o que descubro? Nem o roteiro do negócio era original. Ora, adaptar livro é coisa que o Barretinho já fazia quando ainda disputava as categorias de base da copinha de Cannes. E naquele tempo ainda presenteava as platéias mundiais com a Sônia Braga na cachoeira.

Os argentinos levaram essa do mesmo jeito de sempre. Na base da cusparada, da catimba e daquela câmera safada de seriado. Mas nada de chororô, torcida brasileira, o Walter Salles já providenciou o contra-ataque na Champions League de Hollywood com o “Pé na Estrada.” Diga aí, diretor brasileiro, quantos Oscars você não daria pra poder sussurrar um ação no ouvidinho da Kristen Stewart (a gostosa do Crepúsculo) e da Kirsten Dunst (a gostosa do Homem-Aranha)? Bota o Campanella no bolso, Waltinho!

5 comentários:

  1. Oi Igor!!
    Parabéns pelo blog!!!
    Seus textos são muito bons, criativos e com humor.
    Sucesso sempre!!!
    Beijokas, Karina.

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  2. eouhauaoha

    po mas benini dançando pra derrota do brasil naquele oscar eu ri foi mt ><

    mas agora eles querem ganhar da gente na baixaria? aih eh querer demais

    q eles levem a sonia abrão e ratinho emprestados logo ><

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  3. kkkkkkkkk picaretarte style, mano!

    Vi o filme e também achei essa profusão de 'quereres'. Queria ser filme policial, romântico, drama, suspense, ter uma boa sacada - ah, até o mundo mineral tinha sacado aquele final! - e na verdade, verdade mesmo, era só um filme de um diretor de seriado americano, que de quando em vez, assume que é argentino. Quando não dirige o House e afins, quero dizer.
    Mal posso esperar Kerouac nas telas...
    Abraço!

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  4. falar em ditadura e pensar no agostinho sequestrando embaixador americano com o rui e a vani já termina com qualquer assunto. sem papo pra argentino!
    tô com você Igor, vamos ver o Waltinho botar pra quebrar com as gatinhas das Kristen's. até repete o nome pra não fazer confusão.
    viva!

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